sexta-feira, 21 de maio de 2010

Os 10 vôos rasantes mais incríveis

CARTA QUE UM FAZENDEIRO ENVIOU A UM AMIGO DA CAPITAL PEDINDO AJUDA

Oi amigo,

Estou te escrevendo porquê eu preciso que você me ajude a tirar essaporra de carteira de piloto de novo. Você vive me dizendo que conhecetodo mundo, pois esta é a sua chance de ajudar um velho amigo, porquêeu estou desesperado. Isso tudo aconteceu por causa do meu últimorecheque com o checador do DAC.

Quando o checador, Major Sergio me telefonou, ele até me pareceu umcara razoável, legal.Ai ele muito educadamente me relembrou da necessidade de fazer um vôode recheque a cada dois anos.Ele até se ofereceu para vir guiando até a minha fazenda, e fazermos orecheque na minha própria pista. Naturalmente eu aceitei.Bom, ele apareceu na ultima sexta feira. Primeiro ele disse que estava surpreso de ver o avião numa pistinha tão pequena ao lado da sede,porquê a pista homologada fica a mais ou menos 10 quilometros dali. Euexpliquei que usava esta pistinha porquê ela era muito mais perto doque a homologada, e apesar das linhas de força que cruzam o meio dapistinha, isso não era um problema, porquê nesse ponto da pista ouvocê já decolou ou já pousou.Eu não sei porquê, mas o Sergio parecia nervoso.

Então, apesar de euter feito a inspeção pré vôo só 4 dias antes, eu decidi fazer tudo denovo.Só porquê ele estava me observando atentamente, eu dei duas voltas aoredor do avião em vez de uma de costume.Meu esforço foi recompensado, porquê finalmente a cor voltou ao rostodele. De fato ele ficou até um pouco vermelho.Vendo que agora ele estava de bom humor, eu perguntei para ele se eupodia aproveitar o recheque com um pouco de trabalho da fazenda,porquê eu tinha que levar três leitões que estavam perto da sede, atéo pasto do outro lado.

Depois de muito custo finalmente eu conseguicaçar os três leitões e joguei eles atrás do velho 172. Nós subimos abordo, mas o Sergio começou a me questionar sobre peso e balanceamentoe toda essa baboseira.Claro que eu já ouvi falar dessa coisa. Mas eu sei que isso ai éperder tempo porquê os leitões não param quietos, principalmentequando percebem que estão 500 pés acima do solo !!!.Então está na cara que não adianta fazer peso e balanceamento porquênão se consegue segurar eles.

Eu então falei pro Major Sergio não se preocupar porquê eu sempredeixo o compensador no neutro para ter certeza de que o avião ficaestabilizado a qualquer momento do vôo.Bom, de qualquer forma, eu dei partida no motor e rapidamente paradiminuir o tempo do motor esquentar pisei forte nos freios e taquei2.500 RPM.Foi ai que eu descobri que o Sergio tinha um bom ouvido. Apesar de eleestar com o fone de ouvidos, e com o barulhão do motor, ele conseguiudetectar umas batidinhas metálicas e quis saber o que era. (Na verdadeesse barulho começou a um mês atrás e é causado por uma chave de fendaque caiu num buraco que tem no assoalho do avião e engastalhou naseletora de combustível.)

Não dá para virar a seletora agora, mas acho que não tem muitoproblema porquê já que ficou travado em ambos, acho que está ok..)De qualquer forma como o Major era um chato, eu disse que o barulhoera de uma garrafa térmica de inox que eu sempre deixo no painel,entre o pára-brisas e a bússola.Acho que ele aceitou minha explicação porquê ele puxou o banco paratrás e ficou olhando fixamente para o teto da cabine.Eu soltei os freios para taxiar, mas infelizmente o avião deu umtranco e uma guinada para direita. Eu pensei, porra o amortecedor dadireita quebrou de novo.

O tranco deixou o Major esperto de novo. Ele olhou assustado justo atempo de ver uma pedra atirada pela hélice estilhaçar o pára-brisas doseu Honda novinho. Eu pensei comigo mesmo "agora to encrencado".Enquanto o major estava ocupado olhando pro seu carro, eu ignorei seupedido de taxiar até a pista principal e decolei da pistinha mesmo,por baixo das linhas de força.O major não disse uma palavra, bom, pelo menos até quando o motorcomeçou a ratear justo na hora de tirar o 172 do chão, ai ele começoua balançar a cabeça e falava, "Ai meu Deus! Ai meu Deus! Ai meu Deus!""Fica frio Major" eu falei firmemente. "Isso quase sempre acontece nasdecolagens, mas existe uma boa razão para isso."

Eu expliquei para ele com toda paciência do mundo que eu sempre uso gasolina comum no avião,mas um dia por acaso eu coloquei um ou dois galões de querosene. Paracompensar a baixa octanagem do querosene eu coloquei um pouco degasolina azul aditivada, e ai eu balanço a asa para cima e para baixoalgumas vezes para misturar tudo. Desde essa época o motor começou aratear um pouco, mas normalmente ele trabalha direitinho, (isso se apessoa souber balançar direitinho as asas.)De qualquer forma, a essa altura o major pareceu perder todo ointeresse no meu vôo. Ele tirou do bolso um rosário, fechou os olhos ecomeçou a orar. ( Eu não imaginava que alguém nestes dias fosse tãocatólico).

Ai eu coloquei uma musica suave no radio HF para ajudá-lo a relaxar.Enquanto isso, fui subindo para minha altitude normal de cruzeiro8.500 pés. Eu normalmente não faço plano de vôo ou pego o Metar,porquê aqui na fazenda você sabe que não tem essas coisas, enormalmente aqui está cavok. (Mas desde que eu quase dei de frente comum Seneca , acho que tenho que repensar melhor isso.)Bom, quando eu estava nivelando, eu vi lá em baixo um bando de porcosdo mato se dirigindo para o meu pasto novinho. Eu detesto esses bichose sempre levo uma 12 carregada no lado da porta do Cesnna para o casode eu ver esses malditos bichos.Nos estávamos muito alto para eu poder acertá-los, mas por uma questãode princípios resolvi fazer uma curva para ver melhor.Amigo, quando eu saquei a 12 o efeito no major foi feito um choque elétrico.

Conforme eu disparei o primeiro tiro o pescoço dele se alongou uns 10centímetros e os olhos dele pareciam os de um coelho com gripe. Eleparecia ter tocado numa cerca elétrica com 100.000 volts.De fato a reação dele foi tão violenta que eu perdi toda aconcentração por um instante, e o tiro seguinte acertou direto no pneuesquerdo. O major parecia preocupado com os tiros (provavelmente eramembro dessas sociedades protetora de animais), então eu decidi nãocontar nada desse nosso pequeno problema com o pneu.Logo em seguida eu localizei a manada principal e decidi fazer meupequeno truque de piloto de caça.

O major voltou a rezar baixinho.Ai eu numa seqüência suave dei full flap, cortei o motor e comecei aglissar de 8.500 para 500 pés com uma velocidade indicada de 140 nós(pelo menos a ultima vez que eu olhei estava) com a agulha dovelocímetro entrando na faixa vermelha. Que confusão cara.!No meio da descida eu olhei para trás da cabine para ver os 3 leitõesgraciosamente suspensos no ar e urrando feito loucos.Eu até ia comentar com o Major essa vista incomum mas ele estava meioverde, se enrolou na posição fetal e sua cabeça tremia.

Amigo, pareciaque eu estava num zoológico maluco. Você tinha que estar lá para ver,foi super engraçado!A mais ou menos 500 pés eu tentei nivelar mas não sei porquê continueiafundando. Quando chegou nos 50 pés eu dei full power, mas nadaaconteceu nem um barulho, nada.Ai por sorte eu lembrei da voz do meu instrutor falando "ar quente docarburador, ar quente". Então eu puxei o ar quente do carburador eisso funcionou porquê o motor finalmente reagiu..

Putz deixa eu tecontar, essa passou perto, bem perto!Ai amigão, você nem imagina o que aconteceu depois.Nessa altitude nos entramos numa nuvem de poeira levantada peloestouro do gado, e de repente putz! Entramos IFR. Amigão vou te dizervocê ficaria orgulhoso de mim porquê nem cheguei a entrar em pânico,mas eu tomei nota mentalmente de tirar uma carteira IFR, tão logo euconserte meu giro direcional. (Já estou pensando em consertá-lo fazuns dois anos).De repente o pescoço do Major se esticou de novo e os olhosesbugalhados reapareceram. Ele abriu a boca, bem aberta, mas não saianenhum som."Fica frio" eu falei para ele nos vamos sair dessa num minuto."

E foi o que aconteceu, um minuto depois nos emergimos da poeira nivelados eainda a 50 pés.Vou te confessar uma coisa, ai quem se assustou fui eu, quando percebique estávamos no dorso, e continuei pensando comigo mesmo "tomara queo major não tenha percebido que eu esqueci de ajustar o QNH quandoestávamos taxiando". Esse pequeno incidente me forçou a voar para umvale próximo aonde consegui fazer meio tunne au e ficar de cabeça paracima de novo.Nesse meio tempo a boiada se dividiu em dois grupos, deixando umatrilha estreita no meio deles."Ah eu pensei, olha uma trilha vamos pousar logo ali,"

Sabendo que o problema do pneu demandava uma aproximação lenta eu fiz uma série de curvas com full flap. Ai a buzina de stall tava tocandotão alto nos meus ouvidos que eu desliguei o disjuntor para parar obarulho, mas ai eu percebi que nós estávamos devagar mesmo, jáestolando. Eu fiz uma final duns 30 metros e joguei o avião no chãocom um baita tranco.. Amigo eu sempre tinha pensado que para dar umcavalo de pau você tinha que ter um convencional, mas isso provou queeu estava errado de novo.

No meio da nossa terceira virada, o Major finalmente recuperou seusenso de humor. Amigo, vamos falar de risadas! Eu nunca tinha vistonada assim.Ele não conseguia parar. Finalmente nós paramos num tranco e eu solteios leitões, que saíram correndo do avião desesperados.Ai eu desci do avião e comecei a pegar chumaços de grama. O major nãoparava com o acesso de riso, e perguntou o que eu estava fazendo. Euexpliquei que estava recheando o pneu furado com grama para a gentepode voar de volta para a sede.

Foi ai que o major realmente perdeu a pose e começou a correr paralonge do avião.Dá para acreditar nisso? A ultima vez que eu o vi ele estavabalançando os braços e eu ainda ouvia sua risada. ( Eu ouvi dizerdepois, que ele foi internado num sanatório psiquiátrico) . Pobrehomem!De qualquer forma amigo, chega de falar do Major.

O problema é que euacabei de receber uma carta do DAC, cassando, (foi assim que elesfalaram) minha licença de vôo, até que eu faça um curso completo depiloto privado e faça um cheque de proficência.Bom, agora eu admito que errei em taxiar com o amortecedor quebrado enão ter ajustado o QNH usando a elevação da pistinha, mas eu não vejoo que fiz de tão errado para eles cassarem minha carteira. Você tambémnão acha?

Abraços do amigo Zé

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Quem já viajou de avião sabe bem do tormento que é a espera pela bagagem despachada, naquela esteira infernal. Pois bem, o que vamos mostrar hoje é o que realmente pode acontecer com as suas malas após perdê-las de vista no check-in. E não é bonito…














Essa é foda. Precisa trancar mais que cadeado...

Fonte: planobeta

Agora dá pra entender que você deve colocar só roupas e coisas sem valor na sua mala. Certo?